Tuesday, November 30, 2010
Saturday, July 07, 2007
Ein neuer Treffenpunkt für Lesben und Schwule aus Brasilien/ Lateinamerika in Berlin
Friday, June 15, 2007
Índios Suruí Googlando
Tribo de Rondônia pode fechar acordo com Google Earth
Publicado em 11.06.2007, às 22h57
Um grupo indígena brasileiro está prestes a assinar um acordo que promete, segundo seus próprios membros, revolucionar a história da tribo. O grupo Suruí deve fechar uma parceria com a gigante Google para incluir a aldeia de 1,2 mil habitantes no Google Earth, serviço de imagens de satélite e mapas via internet, e adicionar palavras na língua falada pelos integrantes da tribo nos motores de busca da empresa americana. Mas o chefe da tribo, Almir Suruí, promete não fornecer as informações sobre como utilizar os recursos da floresta para curar doenças. "Isso é nosso e não vamos compartilhar com eles.
De passagem pela Europa, onde promove a idéia de conservação ambiental, Almir revelou quais serão seus planos de negociações com o Google, que devem estar concluídas no final de julho. "Já fiz uma primeira visita à sede da empresa, em uma cidade perto de São Francisco, na Califórnia", conta o líder indígena. "O que decidimos é que vamos fechar um acordo amplo.
A tribo fica localizada no município de Cacoal, em Rondônia, e faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro. Almir acredita que o acordo poderá ajudar sua tribo a lutar contra o desmatamento, já que o avanço de madeireiras poderão ser detectados nos mapas do Google Earth. "Já fornecemos um primeiro mapa feito por nós mesmos. Demos informações sobre a área, habitantes e outros dados para que possam começar a mapear a região", disse o líder.
IDIOMA - Além do mapeamento, palavras na língua falada pelo grupo serão incluídas no Google. "Vamos colocar nosso vocabulário em tupi mundé na rede", disse Almir. Em troca das informações sobre sua região de 248 mil hectares, o chefe da tribo conseguiu o compromisso do Google de que a empresa capacitará os indígenas para o uso dos computadores, além de treiná-los e enviar PCs. "No futuro, queremos nós mesmos sermos capaz de colocar essas informações no computador", afirmou.
Fonte: Agência Estado
http://jc.uol.com.br/2007/06/11/not_141588.php
FEDERACION PANAFRICANISTA DE ESPAÑA: COMUNICADO
Y ya van 7 en lo que va de año - alerta roja!
Madrid - 11 de junio de 2007
Una vez más se consumó un día más de violencia institucional impune contra la comunidad negra y contra la propia democracia española. Hoy estamos peor, mucho peor, que cuando mataron a Lucrecia Pérez. En aquel entonces por lo menos hubo un clamor popular, hoy ante el crimen racista sólo hay silencio.
Este no es un caso aislado, en lo que va de año 7 personas negras han sido asesinadas en las comisarías y traslados policiales, las agresiones y ataques contra los bares
de los negros en Torrejón de ardoz, las redadas a negros en Lavapiés y cuatro caminos donde se ha llegado a desnudar y pegar a ciudadanos en plena calle.
Todo esto sin que se haya abierto ninguna investigación en aplicación a la ley 62/2003. Para los africanos y africanos-descendientes esto también es una suerte de terrorismo racista invisible que nadie quiere ver. Como en el caso de las comisarías de los Mossos de Barcelona, donde tuvo que ser una cámara lo que pudiese demostrar a los jueces y la opinión publica lo que las victimas venían denunciando.
Como recuerda Martín Luther King el silencio de los buenos ciudadanos blancos que callan o miran a otro lado mientras los negros son objeto de terror, es igual o más peligroso que la acción de los autores materiales del crimen. No importa que la victima estuviera en un centro de internamiento o pendiente de ser expulsado. Como ocurrió con Antonio Fonseca no albergamos ninguna esperanza en la autopsia ya que desde determinados medios ya se insiste en que el ciudadano nigeriano tenía antecedentes penales dando por ello a entender que existe una legitimidad en la tortura o derecho a matarlo. Sin embargo nosotros decimos que era un ser humano y como cualquier ser humano tiene un nombre: Osamuyia Aikpitanhi y no "subshariano" y tenía una familia que reclama justicia.
Cuando se cumplen 25 años de las primeras elecciones democráticas en España: la reiteración de estos casos, su minimización o silencio causan un daño grandísimo a la democracia española y promueven el racismo entre los más jóvenes, pues hacen que el propio Estado se convierta en el ejemplo a seguir para ejercer la brutalidad racista con total impunidad y oscuridad.
Si los hechos ocurrieron en un avión regular de pasajeros y por tanto hay testigos. ¿Por qué los jueces en vez de archivar los casos de racismo como juicios de faltas no solicitan los los vídeos de tanta brutalidad racista? Seria la mejor forma de saber qué ocurrió.
Invitamos a los ciudadanos a los demócratas a los verdaderos amantes de la liberad a luchar a no callar a seguir empujando por romper la lógica de opacidad permanente que envuelve todo los crimines racistas en España. Para así extender las garantías del Estado de Derecho también a la Comunidad Negra. No creas que esto no te atañe porque no eres africano o porque eres español, el racismo se vuelve siempre contra sus perpetradores.
LA FEDERACION PANAFRICANISTA DE ESPAÑA
Convoca a toda las organizaciones sensibles a la causa de los pueblos negros y africano-descendientes a la reunión para reflexionar y buscar una respuesta unida al alto índice de violacion institucional de los derechos humanos.
UHURU!
Día: martes 12 junio de 2007
Lugar: C/ Granvia 31, 3º 3ª Madrid, 19:30 H (Se exige puntualidad)
Telf: 646 916 984
Shirikisho Ya Wanafrika · Federación Panafricanista
www.panafricanos.org
Saturday, June 09, 2007
Complexo B empolga com homenagem às religiões afro-brasileiras
Complexo B empolga com homenagem às religiões afro-brasileiras
Rio - Com o tema "O reino de Oxalá - a marca dos orixás na cultura brasileira", a grife levou à passarela uma coleção inspirada nas religiões africanas e suas entidades.
No encerramento, o ator e cantor Sergio Loroza surgiu como um verdadeiro deus africano. “É a primeira vez que venho ao Fashion Rio. Sei que foi um impacto para todos aparecer um negão gordo na passarela, mas foi bom para mostrar que tudo é possível na moda. Agora sou modelo e manequim”, brincou. O desfile teve ainda a participação do ex-BBB Alan Pierre.
Ao som de canções africanas entoadas por Rita Ribeiro, os modelos desfilaram looks que lembraram orixás, caboclos e pretos-velhos.
As calças skinny usadas com camisetas de tamanho over ganharam um ponto de equilíbrio. Já os vestidos volumosos lembraram as baianas.
Coletes em couro metalizado e capas reproduziram a roupa de São Jorge, símbolo da Complexo B. O branco foi a cor de base, mas o vermelho e o preto também predominaram na cartela de cores.
Fonte: Com informações do Terra
Racismo existe e precisa ser superado
nº 26 - Brasília, 06 de junho de 2007.
A ministra Matilde Ribeiro, mestre em psicologia social e doutoranda em serviço social, tem uma longa trajetória junto ao movimento negro e de mulheres. Ocupa a Secretaria Especial de Promoção das Políticas de Igualdade Racial (Seppir) desde que foi criada, em 2003, tratando de temas polêmicos no debate sobre a questão racial no País. Matilde Ribeiro concedeu entrevista ao Em Questão, no qual fala sobre o papel da Seppir, das polêmicas que envolvem os assuntos pertinentes a sua pasta e os resultados obtidos nestes quase quatro anos e meio de atuação. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Em Questão - Qual a importância de uma Secretaria Especial, com status de ministério, na estrutura do governo federal?
Matilde Ribeiro É a primeira vez que o governo federal cria um órgão com status de ministério para formular e desenvolver uma série de políticas públicas para combater o racismo e superar as desigualdades raciais, isso por si já é um avanço. Desde 2003, portanto, começamos a traçar uma política nacional para a promoção da igualdade racial. E é importante ressaltar que a Seppir não executa ações diretamente e sim articula, com os demais ministérios, a política de igualdade racial.
EQ - E qual o foco das ações da secretaria?
MR - A Seppir fomenta políticas para a superação do racismo e promoção da igualdade racial, atendendo a demandas dos grupos discriminados do ponto de vista racial e étnico, a considerar também os componentes históricos, culturais e políticos com ênfase na relação com a população negra, mas com atenção aos povos indígenas, ciganos, judeus, árabes e palestinos. A atuação se concretiza em torno das políticas para comunidades tradicionais, entre elas quilombos, terreiros, indígenas, ciganos e segurança alimentar e nutricional. As políticas de ações afirmativas se desenvolvem através de áreas como educação e cidadania; desenvolvimento, trabalho e renda; saúde e qualidade de vida; cultura, organização e diversidade. E um dos principais focos está na política para comunidade de quilombos. Em 2002, eram identificados no Brasil 743 quilombos, hoje este número ultrapassa 3.400 quilombos. Nestes quatro anos, concedeu-se a titulação d e 31 comunidades, quantidade que precisa ser ampliada e muito.
EQ - Quais as principais políticas voltadas aos quilombolas?
MR Eu destaco três delas, entre outras. O Luz para Todos, onde levamos a eletrificação para dezenas de quilombos e nossa meta é até 2008 alcançar a totalidade das comunidades. Temos, num trabalho conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a concessão do Bolsa-Família aos moradores dos quilombos em grande parte dos estados brasileiros. E, também, o Programa de Alfabetização de Adultos, devendo beneficiar 13 mil quilombolas em quatro estados e cuja ação, feita em parceria com o Ministério da Educação (MEC), é crescente. A novidade, em termos de gestão pública, é a orquestração destas ações, ou seja, os processos de regularização fundiária juntamente com a chegada das políticas públicas nessas comunidades.
EQ - Neste governo houve uma aproximação significativa com os países africanos. Como estão os intercâmbios internacionais no que diz respeito à promoção da igualdade racial?
MR Sem dúvida, é um investimento grande na área de relações internacionais. No dia 25 de maio foi o Dia da África e o presidente Lula recebeu embaixadores daquele continente, quando reafirmou a importância da nossa aproximação com os países africanos. Seja através de intercâmbios sociais e culturais, mas acima de tudo no estabelecimento de parcerias visando ao desenvolvimento social e econômico.
EQ - Há algo de destaque nesta aproximação?
MR Neste momento, estamos formatando termos de cooperação visando ao fortalecimento das políticas de inclusão junto a quatro países: Senegal, Cabo Verde, Moçambique e Angola. E, conforme uma fala importante do presidente Lula, a aproximação com o continente africano contribui para o reconhecimento de que o racismo existe no Brasil e precisa ser superado.
EQ - Como está a aplicação da lei que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, uma das primeiras medidas desta gestão ao tomar posse, em 2003?
MR Essa ação é coordenada pelo Ministério da Educação, com o apoio da Seppir. Ainda não conseguimos chegar na ponta, em todas as escolas do País, mas estamos em processo de capacitação dos professores e revisão dos materiais didáticos. Temos uma experiência que considero bastante exitosa, o projeto A Cor da Cultura, que envolve vários parceiros dentro e fora do governo, como Petrobras, Ministério da Cultura e Cidan (Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro). Por ele, são feitos audiovisuais para capacitação e apoio aos professores para ensino da História da África, que é inclusive divulgado pelo Canal Futura e a Fundação Roberto Marinho.
EQ - O governo federal, em seu projeto de implantação da TV Pública, tem afirmado a necessidade de contarmos, inclusive, com correspondentes na África.
MR É uma medida extremamente importante. Há um desconhecimento muito grande sobre o que é o continente africano tem desenvolvimento, indústrias, cultura latente, enfim, tem vida civilizatória. E trata-se de um desconhecimento mútuo.
EQ - A discussão sobre racismo e ação afirmativa no Brasil é extremamente polêmica, com setores defendendo posições antagônicas sobre o assunto. Como fica, para a Seppir, os argumentos dos que defendem ser o problema de desigualdade social um problema antes social do que propriamente racial?
MR A melhor definição sobre isso foi feita por Florestan Fernandes e Octavio Ianni, estudiosos dedicados a esta temática, que diziam não ser possível dissociar a desigualdade social do racismo fortemente existente em nosso país. A forma como foi a construção de nossa Nação, com uma escravidão que perdurou por quase quatro séculos e com quase 120 anos de abolição, sem que houvéssemos tido um trabalho de inclusão social destas populações, traduz hoje porque os negros e também os indígenas em outra esfera são os mais pobres entre os pobres. Portanto, é muito difícil separar a pobreza da discriminação racial. Quanto mais se olha para a periferia, para as favelas, percebe-se que a maioria das pessoas é negra. Por outro lado, os negros, mesmo os que não estão em condições empobrecidas, são discriminados por serem negros.
EQ - Qual o balanço que pode ser feito em função do sistema de cotas no ensino, que ainda gera muita polêmica na sociedade?
MR - Setores conservadores, com reações muito contundentes, afirmam que o governo ao desenvolver ações afirmativas como a política de cotas está deixando de praticar uma política de caráter universalista. Hoje existem cerca de 40 universidades que adotaram as cotas, independentemente da aprovação da lei sobre o tema, que tramita no Congresso (projeto de lei nº 73/99 prevê a reserva de 50% das vagas das universidades para egressos do ensino público, considerando o percentual de negros e indígenas em cada unidade da federação). Os resultados até agora são bastante animadores. Os alunos que entraram no ensino superior têm tido desempenho igual ou superior aos demais. Percebe-se que quando é dada uma oportunidade a quem nunca teve, a pessoa agarra essa oportunidade como sendo ímpar na sua vida e se esforça ao máximo para aproveitá-la.
EQ Qual o trabalho da Seppir com os demais segmentos, como os ciganos, indígenas?
MR Também é missão da Seppir atender demandas históricas de grupos que vivem discriminação do ponto de vista racial, étnico e cultural. No caso dos indígenas, acompanhamos diretamente as ações da Funai (Fundação Nacional do Índio) e incluímos as representações indígenas no desenho da política de igualdade racial, fortalecendo programas de educação, saúde, emissão de documentos e contribuindo para o fortalecimento da cidadania deste setor. No último 24 de maio, pela primeira vez, foi comemorado o Dia Nacional do Cigano instituído por decreto presidencial. As estatísticas apontam para a existência de 600 mil ciganos no Brasil e, até pouco tempo, não havia nenhum registro sobre o povo cigano.Fomos procurados por eles, fizemos um diagnóstico da situação, identificamos as demandas e estamos agindo para incluí-los na agenda social do País, tornando-os beneficiários dos programas Bolsa-Família, Saúde da Família.
Thursday, June 07, 2007
Carta aberta de la Confederarion de Pueblos Kichwa
Quito, 23 de mayo del 2007
Ante las declaraciones emitidas por algunos obispos reunidos en Brasil con ocasión de la V Conferencia general del episcopado latinoamericano y del Caribe expresamos nuestra más profunda indignación por lo irrespetuosas de ellas. Acusan a nuestras declaraciones de “estar ideologizadas”. Nos preguntamos si las declaraciones del Papa en lo que respecta a nuestros hermanos presidentes latinoamericanos de corte humanista, ¿acaso no son declaraciones políticas claramente ideologizadas?. Por supuesto que si. ¿Los indígenas no tenemos derecho a tener filosofías, ideologías, espiritualidades y culturas propias? Ya es hora de que el Papa y los obispos acepten que en el mundo EXISTE DIVERSIDAD y que la tolerancia intercultural es indispensable para la convivencia justa y fraterna entre los pueblos. Por supuesto señores obispos que los dirigentes indígenas tenemos una posición política, de la misma manera como entre ustedes también hay diversidad de criterios políticos. Unos obispos hacen su opción política a favor de los excluidos por el sistema capitalista neoliberal y otros se ponen del lado de los opresores, de los privilegiados de este sistema inhumano e injusto.
No debemos olvidarnos que la predicación de Jesús afectó los intereses políticos, económicos y religiosos de los que ostentaban el poder en ese tiempo, por eso acusándolo de hereje y subversivo, tuvo una condena política y religiosa que desencadenó en su asesinato. Igual suerte sufrieron nuestros dirigentes políticos y religiosos durante el HOLOCAUSTO en Abya Yala (América), fueron acusados por los representantes de los reyes católicos y por la mayoría de los sacerdotes católicos de herejes y subversivos, y llevados a la hoguera.
Entendemos que los señores obispos tienen la obligación de defender al Papa Benedicto XVI, pero esto no puede hacerles olvidar las consecuencias genocidas de la invasión y conquista de la Corona Española, y la participación que tuvieron miembros de la Iglesia Católica en ella. No se puede tapar el sol con un dedo. Hay documentos históricos y de carácter científico que demuestran lo antes dicho.
Recordemos solamente que el Papa de ese tiempo, Alejandro VI, en mayo de 1493, creyéndose dueño y señor del mundo, emitió unos documentos que se denominan “Bulas de Donación” a los Reyes de Castilla, en las cuales entregó en donación nuestras tierras y a nuestros antepasados a los Reyes católicos de España. Si leemos con una elemental sensibilidad humana las narraciones que dejó copiladas Fray Bartolomé De las Casas, sobre la codicia por el oro y los crímenes horrorosos que cometieron los delincuentes que llegaron a estos territorios, bajo la complicidad de miembros de la Iglesia.
No nos olvidemos señores obispos que hasta hace pocas decenas de años nuestras mejores tierras estaban en manos de la Iglesia, y que nuestros padres y abuelos tuvieron que realizar trabajos no remunerados en las que en otro tiempo eran nuestras tierras, y luego pagar a los sacerdotes “los diezmos y primicias”, es decir fueron sirvientes en donde en otra hora fueron dueños y señores.
Ante esto, lo menos que podemos hacer es repudiar estos crímenes de lesa humanidad, y denunciarlos con toda la fuerza para que NUNCA MÁS VUELVAN A SUCEDER en la humanidad. De lo contrario se repetirán en nombre de “dioses” que entrañan voraces intereses políticos y económicos, como es el caso del reciente genocidio que se está efectuando en Irak, llevado a cabo por un ser que se cree dueño y señor de este mundo y que afirmó que “dios le dijo invade Irak”. Esto no es posible que suceda en una especie que se supone que ha evolucionado a nivel cerebral, pero que en la práctica vemos estados de conciencia que rayan en la locura y que no nos permite vernos y convivir como hermanos. No debemos permitir que los que se precian de ser dirigentes mundiales cometan errores que afectan a toda la humanidad.
Afirman algunos obispos reunidos en el CELAM que “la Iglesia Católica ha sido la propulsora de nuestra liberación”. Debemos recordar a los señores obispos que hablando con propiedad debería decirse: que ciertos miembros de la Iglesia han apoyado nuestra insurgencia que ha venido gestándose desde hace siglos ante las situaciones de injusticia que hemos vivido. Y no solo miembros de las iglesias han plegado a nuestras causas, sino también ateos humanistas, miembros de otras religiones, en fin muchas personas y pueblos, que estamos juntos en el mismo camino, en la búsqueda definitiva de la liberación y la vida digna de los pueblos.
También debemos recordar a los obispos que los miembros de la Iglesia Católica que nos han apoyado y apoyan, generalmente han sido llamados la atención, perseguidos y hasta sancionados por miembros de la Jerararquía eclesiástica.
Su Santidad Benedicto XVI y Obispos del CELAM reunidos en Brasil, reiteramos nuestra posición: La evangelización realizada por miembros de la Iglesia Católica durante la conquista e invasión española, NO SOLO QUE IRRESPETÓ A NUESTRAS CULTURAS, SINO QUE EXTERMINÓ A PUEBLOS Y NACIONES ENTERAS. No se puede defender lo indefendible en nombre de nada, sobre todo debe prevalecer la verdad y la justicia. La verdad es que millones de seres humanos fueron exterminados en cobardes ejecuciones; en sistemas de explotación anticristianos en las minas, mitas y obrajes; los sacerdotes encomenderos se adueñaron de nuestras tierras y a cambio impusieron sus concepciones teológicas que no tenían nada que ver con el mensaje de Jesús el Cristo; destruyeron el Templo Vivo de Dios que somos los seres humanos según la concepción de Jesús, y edificaron “templos” para lavar sus conciencias ante los crímenes y robos cometidos; la sangre derramada por nuestros antepasados con la complicidad de la mayoría de sacerdotes católicos, se unió a la sangre derramada por Cristo en la Cruz bajo la complicidad de los sacerdotes de ese tiempo.
Ahora bien, estas reflexiones deben llevarnos a ser conscientes que en la actualidad se está llevando a cabo un genocidio y ecocidio monstruoso que si continua puede llevar a la destrucción de nuestro planeta y a la consecuente extinción de la humanidad. Basta que revisemos las estadísticas de mortalidad infantil, el calentamiento global y sus repercusiones, los millones de pobres que se debaten entre la vida y la muerte. Si los gobiernos de los países ricos dedicaran un mínimo de sensibilidad y recursos para la salud, para la educación en vez de invertir en armamentos, otra fuera la suerte de millones de hermanas y hermanos nuestros. Si cesara la voracidad de las empresas transnacionales del capitalismo neoliberal, y si el Presidente de Estados Unidos firmaría y cumpliría el Protocolo de Kioto para el control de la emisión de gases invernadero, la humanidad y la naturaleza no estarían amenazadas de muerte. Estas son las causas del genocidio y ecocidio que hoy sucede ante nuestros ojos en el planeta, y es lo que debería preocupar al Papa, y a los obispos, mas no el trabajo abnegado de los Presidentes Latinoamericanos de corte humanista que se esfuerzan para dar respuesta a las necesidades que ameritan sus pueblos.
Señores obispos, la humanidad requiere filosofías, ideologías políticas y economías, teologías que preserven la vida de los seres humanos y de la Allpa Mama (Madre naturaleza). Las religiones deben servir para propiciar la relación armónica entre los seres humanos y con la Allpa Mama. Si las religiones, sistemas políticos y económicos no sirven para que vivamos con dignidad todos y todas, y no favorecen para la preservación de la Allpa Mama, entonces: ¿para qué sirven?
Tenemos grandes retos. Los dogmas políticos, económicos y religiosos que han prevalecido en el mundo han fracasado, porque la humanidad está en riesgo de extinción. Debemos realizar cambios urgentes en nuestras mentes, en nuestras concepciones, en nuestras acciones, de lo contrario será demasiado tarde. La Madre Tierra ya nos anuncia que está enferma, las repercusiones del calentamiento global son inminentes. Si no abrimos los corazones más allá de nuestras concepciones, políticas, religiosas, económicas, culturales y sociales, nosotros y nuestros hijos pagaremos el precio de no habernos sujetado a las leyes de la Naturaleza y a la convivencia fraterna.
En nombre de la defensa de la Vida Planetaria, esforcémonos por ser coherentes con lo que creemos, y renunciando a los privilegios que nos ofrece el poder capitalista, asumamos con sencillez y pobreza el servicio a los desposeídos.
Reiteramos nuestra exigencia a que el Papa pida disculpas a los Pueblos y Nacionalidades Indígenas del Continente y a los gobiernos latinoamericanos que se han sentido ofendidos con sus declaraciones políticas y religiosas. Exhortamos a los Obispos latinoamericanos a que las decisiones que se tomen en el CELAM consideren el respeto que exigimos los pueblos originarios a nuestras culturas milenarias, y la exigencia de millones de seres humanos que claman por justicia ante la desigualdad social, económica y política.
Humberto Cholango
PRESIDENTE DE LA CONFEDERACIÓN DE PUEBLOS DE LA NACIONALIDAD
KICHWA DEL ECUADOR – ECUARUNARI- (CONAIE)
Saturday, May 26, 2007
Festa afro
Jony Torres
Considerada uma das cidades com a maior população negra do mundo, Salvador comemorou ontem com muita alegria mais um Dia da África. A extensa programação se espalhou por vários espaços da cidade, desde praças públicas, estações de ônibus e bibliotecas, apesar da chuva intensa no final da tarde. A que contou com a maior participação popular foi realizada na Estação de Transbordo do Iguatemi, onde a Fundação Gregório de Mattos apostou nas tradições religiosas de origem africana.
Enquanto o grupo Ilê Fun Fun apresentava a música que embala os ritos no Terreiro Ilê Axé Yá Nassô Oká (Casa Branca), os passageiros que aguardavam o transporte dividiam os olhares entre o ônibus que chegava e o forte impacto visual e musical dos atabaques e agogôs. “É emocionante ver nossa raiz ganhar todos os cantos da cidade”, observou o vendedor Afrânio Gonçalves.
Entre uma música e outra, os transeuntes ainda recebiam cópias da receita para se fazer o bolinho branco chamado de acaçá, típico da culinária afro-brasileira. Feito de milho branco, é o predileto de Oxalá, mas nas cerimônias religiosas é oferecido a todos os orixás em sinal de paz e harmonia. O público, a princípio intrigado com o doce servido em folhas de bananeira, aprovou a iguaria.
“É dos deuses mesmo, muito bom e com o gostinho da minha cor”, revelou o estudante negro Laércio de Jesus Souza. Em poucos minutos as dezenas de bolinhos foram devoradas e a boa receptividade foi comemorada pelo mestre Edvaldo Araújo, alabê da Casa Branca. “Se hoje eu estou feliz de estar neste local com nossos toques e nossa cultura, imagine nossos ancestrais que chegaram a esta terra e uma dia foram humilhados”, revelou Edvaldo.
Além da música e da culinária, muitos livros que contam a trajetória dos negros e sua relação com a construção do Brasil estavam à disposição dos interessados para leitura, uma forma de incentivar o interesse pelo tema. As ilustrações com obras do Mestre Didi e fotografias de personagens conhecidos e anônimos complementaram o ambiente, que transformou a arquitetura concreta da estação de transbordo num local vivo e colorido.
“O nosso objetivo é este mesmo. Neste ponto onde quase todos da cidade se encontram, onde as pessoas passam para ir ou voltar para casa, oferecemos história, arte e cultura”, justificou Paulo Costa Lima, diretor da Gregório de Mattos. A programação ainda teve uma encenação de alguns trechos do espetáculo A ópera da cidadania, do Grupo de Teatro da Polícia Militar, e performances de dança de alunos da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
***
Chuva cancela ato público
O temporal que atingiu a cidade no fim da tarde de ontem acabou atrapalhando os planos do bloco afro Os Negões, que pretendia reunir centenas de pessoas num ato público na Praça Municipal, para depois seguirem em caminhada pelas ruas do Pelourinho. O tempo ruim calou os tambores, mas não tirou o bom humor do músico Fernando de Lima. “É uma pena, mas na Bahia todos os dias são da África”, brincou, enquanto procurava abrigo nas escadarias do Palácio Rio Branco.
A contribuição do continente africano na formação da população brasileira também foi tema de discussões realizadas durante II Semana da África, que este ano teve como tema o Renascimento Africano, que será encerrada hoje com uma confraternização às 22h, no Teatro Gregório de Mattos. O Dia da África foi criado em 25 de maio 1963, mesma data de fundação da Organização da Unidade Africana, hoje denominada União Africana (UA).
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Receita de Acaçá de Leite
Ingredientes:
1kg de milho branco
leite de dois cocos
4 xícaras de açúcar
1 colher de sopa de sal
3 colheres de sopa de água de laranjeira
ÜColoque o milho de molho por cinco dias, trocando sempre a água, e depois bata no processador. Adicione água à massa e leve ao fogo, mexendo sem parar, até engrossar. Após a fervura, acrescente o leite de coco, sal, açúcar e água de laranjeira. Ferva por mais cinco minutos, depois deixe esfriar e enrole em folhas de bananeira como se fossem abarás.
Aqui Salvador, Correio da Bahia, 26.05.2007
http://www.correiodabahia.com.br/aquisalvador/
noticia_impressao.asp?codigo=128975
Wednesday, May 16, 2007
Violencia Policial contra a Juventude negra no ABC
ENJUNE ABC- UMA PRÉVIA DO QUE ESTÁ POR VIR...
Nosso Pré ENJUNE aqui no ABC tomou proporções que para muitos servirá de reafirmação que o estado brasileiro, através de seus mecanismo de repressão, não aceitaram da nossa parte, do povo negro, da juventude negra, uma reação a violência racial, o medo se espalha no sentido de que mais pessoas se despertem dessa anestesia racista que faz com que muitos ainda não enxerguem que esse genocídio que vem acontecendo nas periferias tem objetivos específicos e tem ligação direta com a nossa característica étnico / racial. Essa é a segunda vez que invadimos as ruas de São Bernardo do Campo pára Denunciar o Racismo! Em 97 Fomos 300 jovens na mesma avenida, pautar as demandas da juventude Negra. 10 anos depois, Um numero menor de pessoas mais com uma demanda racista muito mais genocida para denunciar e combater, viabilizamos uma sena que se repete no resto do país. Onde quer que se junte negros e negras, seja em suas manifestações culturais, seja em manifestação legitimas, estaremos sujeitos ao enfrentamento ao estado que manda seus cães de guarda para espancar, inibir e demonstrar seu ódio racial e sua indignação a qualquer levante que o povo negro fizer. O pior desse processo todo onde vivenciamos nesse ultimo sábado 5/5/2007 e ver a argumentação da parte da policia que se sentiu “OFENDIDA” por ter sido chamada de racista. Talvez a corporação precisa acompanhar mais suas próprias ações e rever o que as estatísticas nacionais e regionais apontam. Quem tem o direito de estar ofendido e reagir a violência racial SOMOS NÓS que chegamos a ser 70% de seu explicito genocídio. Não bastando, esse estado nos nega o básico para o desenvolvimento de nosso povo como trabalho, saúde, moradia, etc. Vende uma falsa idéia de “planejamento familiar” mais que no fim das contas prevê uma esterilização das mulheres negras em longa escala e em plena idade fértil, diminui a maioridade penal hoje para 16, e amanhã só Deus sabe mais em breve já nasceremos enjaulados se é que nos darão o direito de nascer, Facilitam na cara larga a chegada das drogas e armas nas favelas colocando mais lenha nesse caldeirão desigual objetivando com isso desenvolver justificativas para suas ações genocidas. Apesar de tudo isso, ainda não nos dão o direito de nos manifestar e ficam “indignados” com as acusações!!! Me poupe... ESSE ESTADO SÓ SERVE PARA PROTEGER NÃO NEGROS! Se são brancos nas ruas para protestar o que for, eles fazem escolta... Pra preto/preta a política é BORACHADA e cadeia. Mais para a infelicidade dos grupos racistas desse país estaremos cada vez mais nas ruas denunciando o racismo e suas manifestações discriminatórias e preconceituosas! Lamento Informar que isso não fará com que nós deixemos de REAGIR A VIOLENCIA RACIAL POR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS!
Salve salve Gilson Negão, Mara, Eduardo rosa, Marquinhos, Neia, Ketu, Vicente, Deivison, Weber, O Fórum de Juventude Negra do ABC que se constituiu no Pré Enjune ABC e as organizações pretas que estão constantemente na luta! Tamo junto e misturado!
Nossa cara é ir pras ruas! Utilizando da oralidade que a ancestralidade africana nos ensina para polarizar a denuncia ao racismo aonde quer que nosso povo estiver.
É desse jeito!
Honerê Al-amin Oadq
Posse Hausa - minha familia, minha base!
MNU De onde sou centralizado politicamente!
ENJUNE Uma reposta coletiva a violência racial!
Segue texto de Hamilton Walê
Reaja ou Será Mort@
Uma Campanha para Além da Conjuntura
Nada Mudou, vamos lutar!
“Criaram no Brasil o Delito de Ser Negro”.
Abdias do Nascimento
Ontem em São Bernardo do Campo, São Paulo os jovens, Negros e Negras que articulam e organizam o Iº Encontro Nacional da Juventude Negra foram alvo da brutalidade policial, do racismo do Estado Brasileiro, do neo-colonialismo tacanho das elites intelectuais que ficam acomodadas em sua manutenção de privilégios nos centros acadêmicos e nos editorias de jornais enquanto os órgãos de repressão nos atacam numa franca guerra aberta contra os pretos e pretas.
Os pretos e pretas de São Bernardo do Campo e toda região do ABCD em São Paulo ousaram reagir fora do roteiro estabelecido pelos brancos. Sem a boa educação exigida aos pretos acomodados que lotam as salas ventiladas onde preparam nosso abate e onde esses traidores falam manso e baixinho.
Os Pretos e Pretas do ABCD em São Bernardo do Campo saíram às ruas enfurecidos para lutar contra a violência , a brutalidade e o genocídio que nos acomete e foram acusados pelos policiais de fazerem “apologia contra a policia”.Vejam bem: eles falavam para a sociedade , na frente de uma polícia que mata, que a polícia mata e foram presos e presas.... se nós não reagirmos nacionalmente eles e elas podem ser mortos.
Há 2 anos, nós do Movimento Negro Unificado de Salvador, chamamos uma reunião com mais de 18 representações do Movimento Negro e comunitário locais e fomos atendidos em nossa proposta de lançarmos uma Campanha contra o Racismo, contra o Sexismo, contra a homofobia e pela vida. E gritamos nas ruas como os Jovens de São Bernardo Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta.
Como os jovens de São Bernardo fomos perseguidos pelos órgãos repressivos, fomos acusados de desacato e por pensarmos com autonomia e exigir nosso protagonismo negro nessa campanha, excluindo de sua coordenação os partidos políticos com sua bandeiras e sua tática de nos desqualificar e dividir, de nos menosprezar e dirigir e no final nos oferecer tudo pela metade.
Fomos acusados de não ampliar o movimento, de não termos diplomacia, de não captarmos o volume necessário de recursos, de não nos tornarmos ONG, fomos acusados de má educação, de radicalismo e de só denunciar e de não apresentarmos propostas.
Somos Movimento Negro Unificado e para nós tudo isso soa como elogio, pois o que queremos é uma outra sociedade, uma outra política e uma a outra alternativa de luta como nos mostraram os jovens negros e negras de São Bernardo, os mesmos que nos exigem uma postura cada vez mais dura contra o racismo sem concessão alguma. Se nada Mudou vamos lutar!!
O Estado brasileiro mantém em vigência uma política de segurança pública que conserva a mesma tradição republicana racista de criminalização do Povo Negro. Nossa epiderme continua sendo "a prova do crime". A celeridade utilizada pelos setores racistas no Congresso Nacional para aprovarem a redução da maioridade penal na CCJ do senado demonstra a disposição destes setores em ratificarem seus propósitos mais radicais,na defesa da elite branca brasileira,aproveitando-se de um clima de comoção nacional ,em função da utilização sensacionalista de alguns fatos que na prática revelam flashes de uma realidade que é cotidiana para nossa gente.
E os Jovens de São Bernardo sabem disso!!!
Nada mudou na conjuntura político racial nesses mais de 35 anos de luta direta do Movimento Negro e dois anos de enfretamento e denúncia dessa Campanha Pela Vida, contra o Racismo, o Sexismo e a Homofobia.
Na Bahia mudou a política de governo, mas a brutalidade, o extermínio e a arrogância racista do Estado tem uma continuidade univitelina, faces da mesma moeda que o racismo faz circular no revezamento do poder dos brancos. Mesmo sendo maioria no estado não ocupamos nem um terço dos postos de comando. Esse poder que nos mata há cinco séculos tem a mesma origem no colonialismo que pretende aprisionar nossos espíritos e nos tirar de combate. Exigem de nós uma paciência que não temos, querem nos impor um silêncio enquanto nos matam como se fossemos baratas.
Começamos o ano de 2007 nas ruas, tomando a iniciativa de lutar pela preservação de nossas vidas, mais de 250 pessoas mortas pela polícia ou com a tolerância da policia, a maioria negra. São dados de uma guerra que denunciamos em 2005 quando morreram 631 pessoas de janeiro a setembro daquele ano.
Nada mudou, vamos lutar!!!
Para que os números não se repitam, ou multipliquem-se, como é o que parece obvio, enquanto o comando da policia militar diz que um policial pisar a cabeça de um jovem negro era uma exceção, o Governador dizer que “não via ali Racismo algum”.
Não foi exceção para o Jovem Aspirante da Marinha, Edivandro Pereira, morto por uma guarnição da Polícia Militar que deveria protegê-lo. Não foi a exceção para Clodoaldo Souza, 22 anos, morto com nove tiros frente à incapacidade do Estado em nos proteger. É bom lembrar que esse jovem era militante do Movimento Hip Hop e suas músicas tratavam diretamente da brutalidade policial.
A invasão de uma comunidade negra, por forças policias que chegaram para extorquir, roubar, invadir, torturar. Quadrilhas oficiais em busca do dinheiro que caiu do céu de Maracangalha tendo como método o terrorismo cotidiano de Estado.
A situação atual de C.A. única testemunha da Matança de Nova Brasília que ceifou a vida de Clodoaldo Souza, ante um compromisso não cumprido do Governo, que amarga uma peregrinação trágica pelos hospitais racistas da Bahia como grande parte de jovens negros vítimas de traumas por armas de fogo.
Nada mudou, vamos lutar!!!
O cenário nacional é desesperador. Nunca se viu tanta disposição das forças conservadoras e racistas para aprovar pacotes de medidas para nos empurrar cada vez mais para fora da sociedade lotando as prisões numa lógica (in)disfarçada de criminalização da população negra, com a colaboração direta da grande imprensa que tem pautado o medo e o terror como artifício para nossa destruição.
A redução racista da Maioridade Penal deverá ser combatida sob o risco de se aprovarem leis que fariam de Hitler um humanista face ao controle e o desrespeito às vidas humanas.
Na redução racista da maioridade penal para 16 anos está flagrante o projeto das elites brancas de nos eliminar, de enfraquecer nossas comunidades. Da Mesma forma a criminalização da população negra faz lotar os presídios com leis cada vez mais brutais que violam a dignidade e o direito humano.
A violência até hoje vivida por nós negros é um caso explícito de saúde pública. Estamos sendo mortos por causas evitáveis e por omissão. Não há dúvidas, uma vez que os dados mostram que homens negros em idade produtiva tem morrido mais por causas externas e, portanto, evitáveis. Entre elas vítimas de Projétil de Arma de Fogo (PAF), morrendo mais que homens e mulheres brancos. No ano de 2004, na cidade de Salvador, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade, sistema que agrega as informações sobre mortalidade do país, 1.501 pessoas negras tiveram óbito por causas externas na cidade de Salvador, enquanto que 92 pessoas brancas tiveram a mesma causa mortis. Os dados de mortalidade materna no Brasil revelam que mulheres negras morrem mais por doenças relacionadas a gestação e ao parto que mulheres brancas, ou seja, também por causas evitáveis. Isto também revela a face da falta de acesso da população negra aos serviços de saúde. Nem de posse destes dados o Estado toma medidas no sentido de reverter este crescente quadro. Ao invés disto o Estado busca medidas que vão contra os preceitos de saúde estabelecidos na Carta de Ottawa (1986) do qual o Brasil é signatário, que considera que na saúde reside o maior recurso para o desenvolvimento social e dentre estes destaca a paz, ou seja, a redução da violência, e a justiça social como recursos fundamentais para o desenvolvimento social. As várias formas de violência que temos sofrido, como exclusão, falta de acesso aos serviços, falta de políticas públicas equânimes e o racismo institucional reforçam sim uma política pública de extermínio da população negra. E foi contra isso que os jovens de São Bernardo se levantaram ai reside seu desacato.
A redução racista da maioridade penal é mais um golpe contra a população negra: em se tratando de saúde seria o mesmo que matar a população adulta para que futuramente não haja necessidade investimento no tratamento de doenças, uma vez que o Estado não é capaz de investir na educação e prevenção de agravos evitáveis à saúde.
Por isso estamos nas ruas. Para Reagir, para lutar para dar as mãos a quem de fato quer uma outra sociedade. Uma sociedade justa e com igualdade.
Honerê Oadq, Mara do Hip Hop, Catiara, Jaqueline, Eduardo Rosa nós estamos na mesma trincheira. Dia 17 voltaremos às ruas, cheios de fé, cheios de esperança na luta como a que tem inspirado os jovens e as jovens do ABCD em São Bernardo do Campo.
Hamilton Borges Walê
Reaja ou será Morto, Reaja ou Será Marta
Movimento Negro Unificado
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DEPOIMENTOS DOS NEGROS E NEGRAS REPRIMIDOS PELA POLÍCIA HOJE NO ABC
Hoje, dia 05 de maio por volta das 16h, a polícia deu mais uma mostra de seu caráter reacionário e racista. Cerca de 150 jovens, trabalhadoras e trabalhadores negros estavam reunidos em São Bernardo, perto do Paço Municipal, se manifestando contra o genocídio da juventude negra, fruto da violência policial que todos os dias tira a vida, reprime e humilha jovens e trabalhadores negros e negras. O ato era parte do Encontro Nacional da Juventude Negra (ENJUNE) do ABC. Tudo corria normalmente quando a polícia apareceu reprimindo mais uma vez. Leia abaixo as declarações dos jovens e trabalhadores negros e negras que foram reprimidos.
Por Jornal Palavra Operária
palavra_operaria@ yahoo.com. br
“A gente foi para a rua para denunciar o genocídio da juventude negra. Segundo os números oficiais 70% dos jovens assassinados pela polícia são negros. Estávamos protestando contra a violência policial, mas também contra o desemprego. Daí a polícia veio e disse que estava “ofendida”, me puxou pelo braço e me bateu com o cacetete. Meu braço ficou dolorido. Quando ele ia me bater de novo, chegou o resto do pessoal e entrou na minha frente para me defender. Não me lembro do nome dos policiais, só vi um que chamava 2º Tenente Honorato. Eles não pensam duas vezes em avançar contra nós. Prenderam diversos companheiros, como a Mara do Hip - Hop. Nós denunciamos a violência policial porque tudo mundo sabe que ela reprime os negros. Saímos na rua para dizer que não aceitamos mais isso”.
Jaqueline - Organizadora do ENJUNE Interior e militante do movimento Hip-Hop de Sorocaba
“Sou uma das organizadoras do Encontro e uma das idéias que tiramos era fazer o ato contra o extermínio da juventude negra. Alguns cartazes falavam do caráter racista da polícia. Partimos da Av. Marechal e quando chegamos numa rua que estava meio deserta, uma de nossas irmãs foi agredida porque estava segurando os cartazes. Quando a gente saiu chegaram muitos policiais. Apareceram umas quatro ou cinco viaturas. Os policiais disseram que a gente tava fazendo “apologia”. Em nenhum momento conseguiram explicar o suposto crime que estaríamos cometendo. Eu vi três manifestantes sendo agredidos. Isso é uma ação que mostra para que serve a polícia: proteger a burguesia e seus bens. A maioria das pessoas que morre assassinada pela polícia são negros e pobres. Temos certeza de que isso é racismo. Temos o direito constitucional de nos manifestar, e a postura da polícia é totalmente autoritária e repressiva. Acho que o dia de hoje não será facilmente esquecido pelo movimento negro”.
Cathaiara – militante do Quilombagem
“A gente tava na organização do EJUNE querendo debater as demandas da dos negros e negras da região. A juventude do ABC tirou como tema paa o ato de hoje “Juventude negra vai à luta” e tinha como atividade uma passeata denunciando o genocídio da juventude negra e do desemprego. São Bernardo do Campo tem 38 % de população negra, e uma imensa parte destes estão desempregados. A falta de emprego é um dos piores tipos de violência, porque nega que a gente tenha uma vida digna. O que aconteceu foi que quando pegamos uma rua um pouco menos movimentada, porque a igreja proibiu que o ato fosse encerrado na Parca da Matriz, chegou a polícia. Eles disseram que iam prender todo mundo por “apologia contra a polícia”. Agora pouco liberaram eu e a Luciana. Os dois principais policiais que mais reprimiram acusaram a Mara do Hip-Hop como a que teria feito a principal intervenção que os “ofendeu”.
Isso que aconteceu é mais que uma arbitrariedade. Dependendo de como for, se você reclama que não tem emprego, sendo negro ou branco até pode ser que passe batido. Agora se você for negro, a coisa piora muito, porque tudo que é denunciado como racismo nesta sociedade tende a ter uma repressão muito maior”.
Eduardo Rosa – representante da entidade Rosas Negras e um dos detidos. /SPAN>
“Hoje dia 05 estava sendo realizado encontro regional de juventude negra do ABC, e na programação do encontro estava previsto um ato contra o genocídio da juventude negra, contra a redução da maioridade penal e por emprego para juventude negra. No meio do ato os policiais pararam o carro de som dizendo que nós tínhamos que tirar os cartazes por que eram cartazes contra violência policial. Além disso, eles mandaram que a gente usasse só uma faixa da rua. Atendemos ao pedido, mas mesmo assim eles quiseram encerrar o ato. Então a gente decidiu voltar pela calçada. Daí os policiais disseram que am levar a gente para a delegacia. Perguntei porque a um policial, e ele não respondeu. Disse que se eu não fosse ia me arrastar pelos cabelos até a viatura. Viemos para delegacia. Este foi um primeiro ato da juventude negra do ABC contra o racismo, e demonstrou como quando o povo negro sai às ruas a polícia não hesita em reprimir. Mas o povo negro tem uma história imensa de lutas heróicas, e este tipo de violência contra nós só aumenta nossa disposição de luta. Não baixamos a cabeça”.
Mara do Hip-Hop – militante da Corrente Operária do PSOL e impulsionadora da Casa de Cultura e Política do ABC
MARA do Hip Hop
Corrente Operária do PSOL ABC
Manifesto Ilícito :: rap de operário pra operário
Casa de Cultura e Política do ABC
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