Friday, June 15, 2007

Índios Suruí Googlando

Parceria
Tribo de Rondônia pode fechar acordo com Google Earth
Publicado em 11.06.2007, às 22h57

Um grupo indígena brasileiro está prestes a assinar um acordo que promete, segundo seus próprios membros, revolucionar a história da tribo. O grupo Suruí deve fechar uma parceria com a gigante Google para incluir a aldeia de 1,2 mil habitantes no Google Earth, serviço de imagens de satélite e mapas via internet, e adicionar palavras na língua falada pelos integrantes da tribo nos motores de busca da empresa americana. Mas o chefe da tribo, Almir Suruí, promete não fornecer as informações sobre como utilizar os recursos da floresta para curar doenças. "Isso é nosso e não vamos compartilhar com eles.

De passagem pela Europa, onde promove a idéia de conservação ambiental, Almir revelou quais serão seus planos de negociações com o Google, que devem estar concluídas no final de julho. "Já fiz uma primeira visita à sede da empresa, em uma cidade perto de São Francisco, na Califórnia", conta o líder indígena. "O que decidimos é que vamos fechar um acordo amplo.

A tribo fica localizada no município de Cacoal, em Rondônia, e faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro. Almir acredita que o acordo poderá ajudar sua tribo a lutar contra o desmatamento, já que o avanço de madeireiras poderão ser detectados nos mapas do Google Earth. "Já fornecemos um primeiro mapa feito por nós mesmos. Demos informações sobre a área, habitantes e outros dados para que possam começar a mapear a região", disse o líder.

IDIOMA - Além do mapeamento, palavras na língua falada pelo grupo serão incluídas no Google. "Vamos colocar nosso vocabulário em tupi mundé na rede", disse Almir. Em troca das informações sobre sua região de 248 mil hectares, o chefe da tribo conseguiu o compromisso do Google de que a empresa capacitará os indígenas para o uso dos computadores, além de treiná-los e enviar PCs. "No futuro, queremos nós mesmos sermos capaz de colocar essas informações no computador", afirmou.

Fonte: Agência Estado
http://jc.uol.com.br/2007/06/11/not_141588.php

FEDERACION PANAFRICANISTA DE ESPAÑA: COMUNICADO

Otro africano negro más asesinado por el "invisible" racismo institucional
Y ya van 7 en lo que va de año - alerta roja!

Madrid - 11 de junio de 2007

Una vez más se consumó un día más de violencia institucional impune contra la comunidad negra y contra la propia democracia española. Hoy estamos peor, mucho peor, que cuando mataron a Lucrecia Pérez. En aquel entonces por lo menos hubo un clamor popular, hoy ante el crimen racista sólo hay silencio.

Este no es un caso aislado, en lo que va de año 7 personas negras han sido asesinadas en las comisarías y traslados policiales, las agresiones y ataques contra los bares
de los negros en Torrejón de ardoz, las redadas a negros en Lavapiés y cuatro caminos donde se ha llegado a desnudar y pegar a ciudadanos en plena calle.

Todo esto sin que se haya abierto ninguna investigación en aplicación a la ley 62/2003. Para los africanos y africanos-descendientes esto también es una suerte de terrorismo racista invisible que nadie quiere ver. Como en el caso de las comisarías de los Mossos de Barcelona, donde tuvo que ser una cámara lo que pudiese demostrar a los jueces y la opinión publica lo que las victimas venían denunciando.

Como recuerda Martín Luther King el silencio de los buenos ciudadanos blancos que callan o miran a otro lado mientras los negros son objeto de terror, es igual o más peligroso que la acción de los autores materiales del crimen. No importa que la victima estuviera en un centro de internamiento o pendiente de ser expulsado. Como ocurrió con Antonio Fonseca no albergamos ninguna esperanza en la autopsia ya que desde determinados medios ya se insiste en que el ciudadano nigeriano tenía antecedentes penales dando por ello a entender que existe una legitimidad en la tortura o derecho a matarlo. Sin embargo nosotros decimos que era un ser humano y como cualquier ser humano tiene un nombre: Osamuyia Aikpitanhi y no "subshariano" y tenía una familia que reclama justicia.

Cuando se cumplen 25 años de las primeras elecciones democráticas en España: la reiteración de estos casos, su minimización o silencio causan un daño grandísimo a la democracia española y promueven el racismo entre los más jóvenes, pues hacen que el propio Estado se convierta en el ejemplo a seguir para ejercer la brutalidad racista con total impunidad y oscuridad.

Si los hechos ocurrieron en un avión regular de pasajeros y por tanto hay testigos. ¿Por qué los jueces en vez de archivar los casos de racismo como juicios de faltas no solicitan los los vídeos de tanta brutalidad racista? Seria la mejor forma de saber qué ocurrió.

Invitamos a los ciudadanos a los demócratas a los verdaderos amantes de la liberad a luchar a no callar a seguir empujando por romper la lógica de opacidad permanente que envuelve todo los crimines racistas en España. Para así extender las garantías del Estado de Derecho también a la Comunidad Negra. No creas que esto no te atañe porque no eres africano o porque eres español, el racismo se vuelve siempre contra sus perpetradores.

LA FEDERACION PANAFRICANISTA DE ESPAÑA

Convoca a toda las organizaciones sensibles a la causa de los pueblos negros y africano-descendientes a la reunión para reflexionar y buscar una respuesta unida al alto índice de violacion institucional de los derechos humanos.


UHURU!

Día: martes 12 junio de 2007

Lugar: C/ Granvia 31, 3º 3ª Madrid, 19:30 H (Se exige puntualidad)

Telf: 646 916 984

Shirikisho Ya Wanafrika · Federación Panafricanista
www.panafricanos.org

Saturday, June 09, 2007

Complexo B empolga com homenagem às religiões afro-brasileiras

8/6/2007 20:19:00

Complexo B empolga com homenagem às religiões afro-brasileiras

Nilton Carauta


Foto: Márcio Mercante

Rio - Com o tema "O reino de Oxalá - a marca dos orixás na cultura brasileira", a grife levou à passarela uma coleção inspirada nas religiões africanas e suas entidades.

No encerramento, o ator e cantor Sergio Loroza surgiu como um verdadeiro deus africano. “É a primeira vez que venho ao Fashion Rio. Sei que foi um impacto para todos aparecer um negão gordo na passarela, mas foi bom para mostrar que tudo é possível na moda. Agora sou modelo e manequim”, brincou. O desfile teve ainda a participação do ex-BBB Alan Pierre.

Ao som de canções africanas entoadas por Rita Ribeiro, os modelos desfilaram looks que lembraram orixás, caboclos e pretos-velhos.

Foto Divulgação


As calças skinny usadas com camisetas de tamanho over ganharam um ponto de equilíbrio. Já os vestidos volumosos lembraram as baianas.

Coletes em couro metalizado e capas reproduziram a roupa de São Jorge, símbolo da Complexo B. O branco foi a cor de base, mas o vermelho e o preto também predominaram na cartela de cores.



Fonte: Com informações do Terra

http://odia.terra.com.br/fashionrio/htm/geral_103447.asp

Racismo existe e precisa ser superado

Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
nº 26 - Brasília, 06 de junho de 2007.
A ministra Matilde Ribeiro, mestre em psicologia social e doutoranda em serviço social, tem uma longa trajetória junto ao movimento negro e de mulheres. Ocupa a Secretaria Especial de Promoção das Políticas de Igualdade Racial (Seppir) desde que foi criada, em 2003, tratando de temas polêmicos no debate sobre a questão racial no País. Matilde Ribeiro concedeu entrevista ao Em Questão, no qual fala sobre o papel da Seppir, das polêmicas que envolvem os assuntos pertinentes a sua pasta e os resultados obtidos nestes quase quatro anos e meio de atuação. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Em Questão - Qual a importância de uma Secretaria Especial, com status de ministério, na estrutura do governo federal?
Matilde Ribeiro É a primeira vez que o governo federal cria um órgão com status de ministério para formular e desenvolver uma série de políticas públicas para combater o racismo e superar as desigualdades raciais, isso por si já é um avanço. Desde 2003, portanto, começamos a traçar uma política nacional para a promoção da igualdade racial. E é importante ressaltar que a Seppir não executa ações diretamente e sim articula, com os demais ministérios, a política de igualdade racial.
EQ - E qual o foco das ações da secretaria?
MR - A Seppir fomenta políticas para a superação do racismo e promoção da igualdade racial, atendendo a demandas dos grupos discriminados do ponto de vista racial e étnico, a considerar também os componentes históricos, culturais e políticos com ênfase na relação com a população negra, mas com atenção aos povos indígenas, ciganos, judeus, árabes e palestinos. A atuação se concretiza em torno das políticas para comunidades tradicionais, entre elas quilombos, terreiros, indígenas, ciganos e segurança alimentar e nutricional. As políticas de ações afirmativas se desenvolvem através de áreas como educação e cidadania; desenvolvimento, trabalho e renda; saúde e qualidade de vida; cultura, organização e diversidade. E um dos principais focos está na política para comunidade de quilombos. Em 2002, eram identificados no Brasil 743 quilombos, hoje este número ultrapassa 3.400 quilombos. Nestes quatro anos, concedeu-se a titulação d e 31 comunidades, quantidade que precisa ser ampliada e muito.
EQ - Quais as principais políticas voltadas aos quilombolas?
MR Eu destaco três delas, entre outras. O Luz para Todos, onde levamos a eletrificação para dezenas de quilombos e nossa meta é até 2008 alcançar a totalidade das comunidades. Temos, num trabalho conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a concessão do Bolsa-Família aos moradores dos quilombos em grande parte dos estados brasileiros. E, também, o Programa de Alfabetização de Adultos, devendo beneficiar 13 mil quilombolas em quatro estados e cuja ação, feita em parceria com o Ministério da Educação (MEC), é crescente. A novidade, em termos de gestão pública, é a orquestração destas ações, ou seja, os processos de regularização fundiária juntamente com a chegada das políticas públicas nessas comunidades.
EQ - Neste governo houve uma aproximação significativa com os países africanos. Como estão os intercâmbios internacionais no que diz respeito à promoção da igualdade racial?
MR Sem dúvida, é um investimento grande na área de relações internacionais. No dia 25 de maio foi o Dia da África e o presidente Lula recebeu embaixadores daquele continente, quando reafirmou a importância da nossa aproximação com os países africanos. Seja através de intercâmbios sociais e culturais, mas acima de tudo no estabelecimento de parcerias visando ao desenvolvimento social e econômico.
EQ - Há algo de destaque nesta aproximação?
MR Neste momento, estamos formatando termos de cooperação visando ao fortalecimento das políticas de inclusão junto a quatro países: Senegal, Cabo Verde, Moçambique e Angola. E, conforme uma fala importante do presidente Lula, a aproximação com o continente africano contribui para o reconhecimento de que o racismo existe no Brasil e precisa ser superado.
EQ - Como está a aplicação da lei que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, uma das primeiras medidas desta gestão ao tomar posse, em 2003?
MR Essa ação é coordenada pelo Ministério da Educação, com o apoio da Seppir. Ainda não conseguimos chegar na ponta, em todas as escolas do País, mas estamos em processo de capacitação dos professores e revisão dos materiais didáticos. Temos uma experiência que considero bastante exitosa, o projeto A Cor da Cultura, que envolve vários parceiros dentro e fora do governo, como Petrobras, Ministério da Cultura e Cidan (Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro). Por ele, são feitos audiovisuais para capacitação e apoio aos professores para ensino da História da África, que é inclusive divulgado pelo Canal Futura e a Fundação Roberto Marinho.
EQ - O governo federal, em seu projeto de implantação da TV Pública, tem afirmado a necessidade de contarmos, inclusive, com correspondentes na África.
MR É uma medida extremamente importante. Há um desconhecimento muito grande sobre o que é o continente africano tem desenvolvimento, indústrias, cultura latente, enfim, tem vida civilizatória. E trata-se de um desconhecimento mútuo.
EQ - A discussão sobre racismo e ação afirmativa no Brasil é extremamente polêmica, com setores defendendo posições antagônicas sobre o assunto. Como fica, para a Seppir, os argumentos dos que defendem ser o problema de desigualdade social um problema antes social do que propriamente racial?
MR A melhor definição sobre isso foi feita por Florestan Fernandes e Octavio Ianni, estudiosos dedicados a esta temática, que diziam não ser possível dissociar a desigualdade social do racismo fortemente existente em nosso país. A forma como foi a construção de nossa Nação, com uma escravidão que perdurou por quase quatro séculos e com quase 120 anos de abolição, sem que houvéssemos tido um trabalho de inclusão social destas populações, traduz hoje porque os negros e também os indígenas em outra esfera são os mais pobres entre os pobres. Portanto, é muito difícil separar a pobreza da discriminação racial. Quanto mais se olha para a periferia, para as favelas, percebe-se que a maioria das pessoas é negra. Por outro lado, os negros, mesmo os que não estão em condições empobrecidas, são discriminados por serem negros.
EQ - Qual o balanço que pode ser feito em função do sistema de cotas no ensino, que ainda gera muita polêmica na sociedade?
MR - Setores conservadores, com reações muito contundentes, afirmam que o governo ao desenvolver ações afirmativas como a política de cotas está deixando de praticar uma política de caráter universalista. Hoje existem cerca de 40 universidades que adotaram as cotas, independentemente da aprovação da lei sobre o tema, que tramita no Congresso (projeto de lei nº 73/99 prevê a reserva de 50% das vagas das universidades para egressos do ensino público, considerando o percentual de negros e indígenas em cada unidade da federação). Os resultados até agora são bastante animadores. Os alunos que entraram no ensino superior têm tido desempenho igual ou superior aos demais. Percebe-se que quando é dada uma oportunidade a quem nunca teve, a pessoa agarra essa oportunidade como sendo ímpar na sua vida e se esforça ao máximo para aproveitá-la.
EQ Qual o trabalho da Seppir com os demais segmentos, como os ciganos, indígenas?
MR Também é missão da Seppir atender demandas históricas de grupos que vivem discriminação do ponto de vista racial, étnico e cultural. No caso dos indígenas, acompanhamos diretamente as ações da Funai (Fundação Nacional do Índio) e incluímos as representações indígenas no desenho da política de igualdade racial, fortalecendo programas de educação, saúde, emissão de documentos e contribuindo para o fortalecimento da cidadania deste setor. No último 24 de maio, pela primeira vez, foi comemorado o Dia Nacional do Cigano instituído por decreto presidencial. As estatísticas apontam para a existência de 600 mil ciganos no Brasil e, até pouco tempo, não havia nenhum registro sobre o povo cigano.Fomos procurados por eles, fizemos um diagnóstico da situação, identificamos as demandas e estamos agindo para incluí-los na agenda social do País, tornando-os beneficiários dos programas Bolsa-Família, Saúde da Família.

Thursday, June 07, 2007

Carta aberta de la Confederarion de Pueblos Kichwa

LA CONFEDERACIÓN DE PUEBLOS DE LA NACIONALIDAD KICHWA DEL ECUADOR ECUARUNARI ANTE LAS DECLARACIONES EMITIDAS EN BRASIL POR OBISPOS EN EL CELAM

Quito, 23 de mayo del 2007

Ante las declaraciones emitidas por algunos obispos reunidos en Brasil con ocasión de la V Conferencia general del episcopado latinoamericano y del Caribe expresamos nuestra más profunda indignación por lo irrespetuosas de ellas. Acusan a nuestras declaraciones de “estar ideologizadas”. Nos preguntamos si las declaraciones del Papa en lo que respecta a nuestros hermanos presidentes latinoamericanos de corte humanista, ¿acaso no son declaraciones políticas claramente ideologizadas?. Por supuesto que si. ¿Los indígenas no tenemos derecho a tener filosofías, ideologías, espiritualidades y culturas propias? Ya es hora de que el Papa y los obispos acepten que en el mundo EXISTE DIVERSIDAD y que la tolerancia intercultural es indispensable para la convivencia justa y fraterna entre los pueblos. Por supuesto señores obispos que los dirigentes indígenas tenemos una posición política, de la misma manera como entre ustedes también hay diversidad de criterios políticos. Unos obispos hacen su opción política a favor de los excluidos por el sistema capitalista neoliberal y otros se ponen del lado de los opresores, de los privilegiados de este sistema inhumano e injusto.



No debemos olvidarnos que la predicación de Jesús afectó los intereses políticos, económicos y religiosos de los que ostentaban el poder en ese tiempo, por eso acusándolo de hereje y subversivo, tuvo una condena política y religiosa que desencadenó en su asesinato. Igual suerte sufrieron nuestros dirigentes políticos y religiosos durante el HOLOCAUSTO en Abya Yala (América), fueron acusados por los representantes de los reyes católicos y por la mayoría de los sacerdotes católicos de herejes y subversivos, y llevados a la hoguera.



Entendemos que los señores obispos tienen la obligación de defender al Papa Benedicto XVI, pero esto no puede hacerles olvidar las consecuencias genocidas de la invasión y conquista de la Corona Española, y la participación que tuvieron miembros de la Iglesia Católica en ella. No se puede tapar el sol con un dedo. Hay documentos históricos y de carácter científico que demuestran lo antes dicho.

Recordemos solamente que el Papa de ese tiempo, Alejandro VI, en mayo de 1493, creyéndose dueño y señor del mundo, emitió unos documentos que se denominan “Bulas de Donación” a los Reyes de Castilla, en las cuales entregó en donación nuestras tierras y a nuestros antepasados a los Reyes católicos de España. Si leemos con una elemental sensibilidad humana las narraciones que dejó copiladas Fray Bartolomé De las Casas, sobre la codicia por el oro y los crímenes horrorosos que cometieron los delincuentes que llegaron a estos territorios, bajo la complicidad de miembros de la Iglesia.



No nos olvidemos señores obispos que hasta hace pocas decenas de años nuestras mejores tierras estaban en manos de la Iglesia, y que nuestros padres y abuelos tuvieron que realizar trabajos no remunerados en las que en otro tiempo eran nuestras tierras, y luego pagar a los sacerdotes “los diezmos y primicias”, es decir fueron sirvientes en donde en otra hora fueron dueños y señores.



Ante esto, lo menos que podemos hacer es repudiar estos crímenes de lesa humanidad, y denunciarlos con toda la fuerza para que NUNCA MÁS VUELVAN A SUCEDER en la humanidad. De lo contrario se repetirán en nombre de “dioses” que entrañan voraces intereses políticos y económicos, como es el caso del reciente genocidio que se está efectuando en Irak, llevado a cabo por un ser que se cree dueño y señor de este mundo y que afirmó que “dios le dijo invade Irak”. Esto no es posible que suceda en una especie que se supone que ha evolucionado a nivel cerebral, pero que en la práctica vemos estados de conciencia que rayan en la locura y que no nos permite vernos y convivir como hermanos. No debemos permitir que los que se precian de ser dirigentes mundiales cometan errores que afectan a toda la humanidad.



Afirman algunos obispos reunidos en el CELAM que “la Iglesia Católica ha sido la propulsora de nuestra liberación”. Debemos recordar a los señores obispos que hablando con propiedad debería decirse: que ciertos miembros de la Iglesia han apoyado nuestra insurgencia que ha venido gestándose desde hace siglos ante las situaciones de injusticia que hemos vivido. Y no solo miembros de las iglesias han plegado a nuestras causas, sino también ateos humanistas, miembros de otras religiones, en fin muchas personas y pueblos, que estamos juntos en el mismo camino, en la búsqueda definitiva de la liberación y la vida digna de los pueblos.

También debemos recordar a los obispos que los miembros de la Iglesia Católica que nos han apoyado y apoyan, generalmente han sido llamados la atención, perseguidos y hasta sancionados por miembros de la Jerararquía eclesiástica.



Su Santidad Benedicto XVI y Obispos del CELAM reunidos en Brasil, reiteramos nuestra posición: La evangelización realizada por miembros de la Iglesia Católica durante la conquista e invasión española, NO SOLO QUE IRRESPETÓ A NUESTRAS CULTURAS, SINO QUE EXTERMINÓ A PUEBLOS Y NACIONES ENTERAS. No se puede defender lo indefendible en nombre de nada, sobre todo debe prevalecer la verdad y la justicia. La verdad es que millones de seres humanos fueron exterminados en cobardes ejecuciones; en sistemas de explotación anticristianos en las minas, mitas y obrajes; los sacerdotes encomenderos se adueñaron de nuestras tierras y a cambio impusieron sus concepciones teológicas que no tenían nada que ver con el mensaje de Jesús el Cristo; destruyeron el Templo Vivo de Dios que somos los seres humanos según la concepción de Jesús, y edificaron “templos” para lavar sus conciencias ante los crímenes y robos cometidos; la sangre derramada por nuestros antepasados con la complicidad de la mayoría de sacerdotes católicos, se unió a la sangre derramada por Cristo en la Cruz bajo la complicidad de los sacerdotes de ese tiempo.



Ahora bien, estas reflexiones deben llevarnos a ser conscientes que en la actualidad se está llevando a cabo un genocidio y ecocidio monstruoso que si continua puede llevar a la destrucción de nuestro planeta y a la consecuente extinción de la humanidad. Basta que revisemos las estadísticas de mortalidad infantil, el calentamiento global y sus repercusiones, los millones de pobres que se debaten entre la vida y la muerte. Si los gobiernos de los países ricos dedicaran un mínimo de sensibilidad y recursos para la salud, para la educación en vez de invertir en armamentos, otra fuera la suerte de millones de hermanas y hermanos nuestros. Si cesara la voracidad de las empresas transnacionales del capitalismo neoliberal, y si el Presidente de Estados Unidos firmaría y cumpliría el Protocolo de Kioto para el control de la emisión de gases invernadero, la humanidad y la naturaleza no estarían amenazadas de muerte. Estas son las causas del genocidio y ecocidio que hoy sucede ante nuestros ojos en el planeta, y es lo que debería preocupar al Papa, y a los obispos, mas no el trabajo abnegado de los Presidentes Latinoamericanos de corte humanista que se esfuerzan para dar respuesta a las necesidades que ameritan sus pueblos.



Señores obispos, la humanidad requiere filosofías, ideologías políticas y economías, teologías que preserven la vida de los seres humanos y de la Allpa Mama (Madre naturaleza). Las religiones deben servir para propiciar la relación armónica entre los seres humanos y con la Allpa Mama. Si las religiones, sistemas políticos y económicos no sirven para que vivamos con dignidad todos y todas, y no favorecen para la preservación de la Allpa Mama, entonces: ¿para qué sirven?



Tenemos grandes retos. Los dogmas políticos, económicos y religiosos que han prevalecido en el mundo han fracasado, porque la humanidad está en riesgo de extinción. Debemos realizar cambios urgentes en nuestras mentes, en nuestras concepciones, en nuestras acciones, de lo contrario será demasiado tarde. La Madre Tierra ya nos anuncia que está enferma, las repercusiones del calentamiento global son inminentes. Si no abrimos los corazones más allá de nuestras concepciones, políticas, religiosas, económicas, culturales y sociales, nosotros y nuestros hijos pagaremos el precio de no habernos sujetado a las leyes de la Naturaleza y a la convivencia fraterna.



En nombre de la defensa de la Vida Planetaria, esforcémonos por ser coherentes con lo que creemos, y renunciando a los privilegios que nos ofrece el poder capitalista, asumamos con sencillez y pobreza el servicio a los desposeídos.



Reiteramos nuestra exigencia a que el Papa pida disculpas a los Pueblos y Nacionalidades Indígenas del Continente y a los gobiernos latinoamericanos que se han sentido ofendidos con sus declaraciones políticas y religiosas. Exhortamos a los Obispos latinoamericanos a que las decisiones que se tomen en el CELAM consideren el respeto que exigimos los pueblos originarios a nuestras culturas milenarias, y la exigencia de millones de seres humanos que claman por justicia ante la desigualdad social, económica y política.

Humberto Cholango

PRESIDENTE DE LA CONFEDERACIÓN DE PUEBLOS DE LA NACIONALIDAD

KICHWA DEL ECUADOR – ECUARUNARI- (CONAIE)