Wednesday, January 10, 2007
Índia baniwa é estuprada e estrangulada em São Gabriel
Corpo de Marina Macedo, que era doméstica e pertencia à etnia baniwa,
foi encontrado pelo próprio cônsul da Colômbia em São Gabriel da Cachoeira
Jornal A Crítica, Manaus, Amazonas,10/01/2007
A revista VEJA "armou" contra o Paykán, colocando em sua capa a foto dele com a palavra SELVAGEM. Não foi o caso, porque sabemos hoje que não houve estupro, mas se um índio é acusado de estupro, isso é matéria nacional, de capa de revista. Se uma índia é estuprada, merece uma nota apenas nos jornais locais.
Bessa
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Índia baniwa é estuprada e estrangulada em São Gabriel
Elaine Lima/Free Lancer
Corpo de Marina Macedo, que era doméstica e pertencia à etnia baniwa, foi encontrado pelo próprio cônsul da Colômbia em São Gabriel da Cachoeira
O assassinato de uma índia baniwa em São Gabriel da Cachoeira chocou a comunidade no último final de semana. O corpo da doméstica Marina Macedo, 20, foi encontrado estrangulado e com sinais de estupro na manhã do último domingo (7) no município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus). A vítima foi encontrada em frente ao Consulado da Colômbia sediado naquela cidade pelo próprio cônsul Matias Vasquez Gonzalez por volta das 6h35. "Me preparava para fazer minha caminhada matinal e, quando abri a porta encontrei o corpo da moça no pátio. Fiquei desesperado", relatou Gonzalez. Marina Macedo prestava serviços domésticos para o cônsul e mantinha um quarto na residência.
De acordo com alguns populares que conheciam a moça, a indígena teria saído para se divertir numa boate em companhia de alguns amigos. Alguns deles afirmaram tê-la visto com um rapaz dançando, mas ninguém o conhecia.
A Polícia Civil, no entanto, suspeitou do namorado, porém não obteve êxito em sua investigação porque o rapaz não estava com Marina Macedo na noite do crime. A versão foi confirmada por amigos e familiares do jovem (cujo nome a Polícia preferiu não divulgar) que, segundo eles, estava numa festa de confraternização no bairro Dabarú.
Segundo Gonzalez, não houve vestígios de sangue ou indícios de luta corporal no local onde Marina foi encontrada. "Certamente, sabiam onde ela morava, estupraram-na e jogaram o corpo aqui, pois não tem sinal algum de sangue. Não fizeram barulho ou algo que parecesse com uma briga corporal. O quarto dela, por exemplo, está do mesmo jeito que ela deixou. Ninguém entrou no quarto", especulou o cônsul, ao salientar também que a vítima estava vestida somente com suas peças íntimas.
Investigações
Enquanto os policiais civis tentavam encontrar novos suspeitos, o corpo de Marina Macedo continuava estirado no pátio do consulado. O cônsul solicitou da prefeitura uma ambulância para remover o corpo até o Hospital de Guarnição de São Gabriel, mas esbarrou com questões culturais dos Baniwa, que não permitiram que o procedimento de necropsia fosse realizado, pois entendem que a alma do índio morto escapa de seu corpo.
O delegado Brizolla, da Polícia Civil, assegurou que a investigação continuará. Até o encerramento desta edição, não haviam sido apontados novos suspeitos no crime da doméstica em São Gabriel da Cachoeira.
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