Solista do English National Ballet pede mais firmeza com imigrantes
Bailarina fascista não pode. Foi esta a mensagem gritada por manifestantes que esperaram o momento em que a bailarina Simone Clarke, do English National Ballet, entraria em cena na sexta-feira, em Londres, no papel principal em “Giselle”, para protestar.
Chamada de “BNP ballerina” — BNP são as iniciais de British National Party, o partido de extrema-direita do qual, soube-se há cerca de um mês, ela é membro de carteirinha — Simone errou feio os passos ao defender, numa entrevista, uma atitude mais firme do governo contra a imigração. Isso, apesar de seu parceiro em cena e namorado ser um cubano de origem chinesa, o também solista Yat-Sen Chang.
Simone alegou, em sua defesa, que tudo o que fez foi assumir uma posição sobre um tema que está preocupando o país.
— Fui taxada de racista e fascista porque tenho uma posição sobre a imigração, mas não é algo sobre o qual muita gente está preocupada? — disse ela. O English National Ballet não fez qualquer crítica sobre os comentários de sua solista, dizendo apenas, num comunicado, que “apóia totalmente o direito democrático das pessoas de realizarem um protesto”.
“A companhia não comenta sobre a filiação política de seus funcionários ou qualquer outro aspecto de suas vidas pessoais.
Temos orgulho da diversidade étnica e cultural da companhia”, diz ainda o comunicado da companhia, que tem, nos quadros do seu corpo de baile, bailarinos de 19 países.
O Globo Online, 15.01.2007
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