Sunday, February 25, 2007

Virgínia manifesta "pesar" por seu papel na escravidão dos EUA

Sábado, 24 de fevereiro de 2007, 22h23 Atualizada às 22h26

A Assembléia Geral do estado da Virgínia, nos Estados Unidos, votou hoje unanimemente a favor de uma declaração na qual expressa seu "profundo pesar" por seu papel na escravidão.

Segundo alguns dos legisladores, até o momento nenhum outro estado dos EUA pediu perdão por seu papel no movimento de escravos.

"Esta sessão será recordada por muitas coisas, mas uma delas será por nos unir e passar unanimemente esta medida", disse o democrata Donald McEachin, um dos promotores da resolução.

A votação da medida coincide com o início da celebração do aniversário de 400 anos de Jamestown, o primeiro assentamento britânico de caráter permanente no continente americano.

Jamestown foi fundado em 1607 sobre o rio James, no atual estado da Virgínia, e em 1619 se assentaram ali os primeiros africanos que chegaram ao país.

A resolução aprovada hoje assinala que a escravidão é a "mais horrenda de todas as violações dos direitos humanos e do ideário fundador" dos Estados Unidos.

Além disso, lembra que a abolição da escravidão "foi seguida de uma discriminação sistemática e de práticas traiçoeiras contra os americanos de origem africana, enraizadas no racismo e na incompreensão racial".

Entre os legisladores que votaram a favor da medida está Frank Hargrove, um republicano de 80 anos que no mês passado afirmou que os "negros deveriam superar a escravidão".

Este pedido de desculpas oficial da Virgínia é mais um dos passos que o estado está adotando para tentar apagar seu passado segregacionista.

EFE

fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1433237-EI8141,00.html

Enquanto isso...


Pobreza extrema se acentua nos EUA, diz relatório
Sábado, 24 de fevereiro de 2007, 23h12

O abismo entre ricos e pobres nos Estados Unidos está aumentando cada vez mais, e o número dos que vivem na pobreza extrema é o mais alto das últimas três décadas, de acordo com um relatório divulgado neste sábado.

Baseado nos últimos dados disponíveis do censo nos EUA de 2005, a análise do grupo McClatchy Newspapers é de que cerca de 16 milhões de americanos vivem em "pobreza profunda ou severa", o que significa que uma família de quatro membros (os pais e dois filhos) ganha menos de 9.903 dólares por ano.

Uma pessoa vive em "pobreza profunda" se ganha menos de 5.080 dólares por ano.

"A análise do McClatchy concluiu que o número de pessoas que vivem na pobreza extrema cresceu 26% de 2000 a 2005", informou a rede de jornais, sendo "56% mais rápido do que o crescimento da população pobre em seu conjunto para esse mesmo período".

A aceleração da pobreza acontece, porém, em um momento de incomum expansão econômica.

"A produtividade aumentou dramaticamente desde a breve recessão de 2001, mas o crescimento dos salários e dos postos de trabalho, não. Ao mesmo tempo, a parte da renda nacional que terminou em benefícios corporativos diminuiu o que chega aos salários", apontou o estudo.

"Isso ajuda a explicar por que a média da renda de um lar para famílias que têm trabalho, ajustada à inflação, caiu por cinco anos consecutivos", completou.

"Estes e outros fatores empurraram 43% dos 37 milhões de pobres americanos para a pobreza profunda, o número mais alto desde 1975. O percentual de americanos pobres em pobreza profunda cresceu lenta, mas constantemente nas últimas três décadas", concluiu o informe.

mdl/tt AFP 242310 FEB 07

AFP

fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1433301-EI294,00.html

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